29 de Julho de 2016
Parou de desenhar. Guardou as canetinhas, escondeu as aquarelas, colocou a sua criança interior para dormir, mas deu um remédio tão forte que a criança hibernou.
A adulta ficou chata, sem cor, sem brilho. Sem a risada mais gostosa e o sorriso que iluminava tudo por onde passava.
Sem criatividade encostou os livros de poesia, e tudo que era colorido. Começou a fazer o automático. A ser a adulta sisuda que queriam. A criança dormia. E ela ia levando a vida sem cor, sem sonhos, vazia.