Não posso dizer que éramos opostos, porque não éramos. Éramos forças que se atraiam pelas semelhanças, pela sede do sentir, do contemplar, do fazer novo e diferente. De dar nova roupagem a velhas dores e correr, mesmo que de muletas. Tipo a música: “Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
Tínhamos sede da vida, cada um da sua, e os dois de ambas. Um interesse mútuo que acalmava o “pra ontem” da vida do outro.
Foi precoce, cercado por dogmas, passado/presente/futuro. Foi sossego, colo, café da manhã. Foi receita de bolo com segredo de vó. Foi amor com gosto de nutella, pimenta que não arde, filme de plano de fundo para noites de amor; ele que, com o companheirismo, foi desde de sempre o ingrediente maior da relação – desde um coração batendo forte num banco de igreja ao girassol que insistiu em aparecer por todo lado…
Unknown
Eu adorei!! O texto fala de despedida? 🙁
Ana Carolina Carvalho
Fala sim. Tem coisas que não duram para sempre, mas bem que podiam durar, né 😉