11 de Maio de 2016

Minha menina, mulher, artista de circo, equilibrista. A que suja a cozinha de farinha de trigo para ter pegadas na neve que nunca pisou.
Seu cheiro no travesseiro é a lembrança mais latente de nós.
Li uma frase que me lembrou você:
“Não à toa o símbolo do cupido que provoca as paixões é um coração flechado: arma pontiaguda num órgão vital é sinal de dor e morte iminente.”
Estou sangrando e diferente da cena dos primeiros dias de aula onde a criança pega a mochila, dá tchau, curte o dia inteiro, mas no final do horário volta correndo aos braços dos pais; você pegou a mochila, deu tchau e foi desbravar o horizonte…
A mim sobrou a flecha quebrada e um coração a ser costurado.

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