6 de Fevereiro de 2014
Emudeceu. Ficou quieto. Sumiu como num passe de mágica quem sabe bruxaria. E foi embora do mesmo jeitinho que apareceu, do nada.
É incrível a facilidade que algumas pessoas tem de desapegar, de partir pra outra, de não deixar pistas… Elas só não entendem que mesmo sem pistas deixam marcas, cheiros, lembranças, sabores!
Como praticar o desapego?
Como colocar em prática todos os conselhos que se ouve?.
Quem descobrir primeiro avisa, hein?!
Como colocar em prática todos os conselhos que se ouve?.
Simplesmente não se coloca. No fundo sempre se faz o que se tem vontade. Percorre-se o caminho de volta, colocando o pé exatamente igual, na mesma pegada, mas ele não encaixa mais. Fica torto, excede, não combina.
A voz ao telefone já não é a mesma, tem emoção equivalente a de um moribundo. O abraço é frouxo – vazio de significado, simples protocolo. O beijo… Xiiii, esse nem existe mais.
A presença vira ausência, sem explicação alguma. E aí, quem necessita de explicação fica no vazio, senta no cantinho e deseja por segundos, minutos, horas, dias e dias sem fim que o mudo torne a falar e explique o porquê “cargas d’água” tudo mudou. Por que os pés não encaixam nas pegadas de volta?
É como se a borracha tivesse feito um mau trabalho e tivesse borrado em vez de apagar. O sofrimento chega e fica. Não se há resposta, simplesmente não existe explicação.
Algumas coisas são e ponto. Deixaram de ser e estão porque precisam ser assim.
Ficou pálida. Sem vontade. Guardou os cacos e colou um a um. O coração adquiriu cicatrizes, umas superficiais, outras profundas, mas, mesmo assim, está inteiro esperando o tempo de recomeçar.
Unknown
Perfeito <3
Unknown
♡♥