Acredito que ele também estava nessa, até … eu acho que …
mexeu com ele, mas de uma forma meio bagunçada – onde foi bom e (ruim) depois ele se viu (imagino eu) com aliança no dedo, cachorro e uma vida que ele não sabe se quer, não pelo menos agora.
Se valeu a pena? Sim. Sempre vale. Cada experiência é única e faz você conhecer o outro e se conhecer, mas términos doem…
Ele me chamou de carente logo nos primeiros encontros e essa palavra soou como um palavrão ( na verdade refletia meia verdade. Era carência, mas carência do meu próprio amor). Odiei todas as vezes que alguém me chamou assim. Parecia fraqueza, meninice.
Depois de tantos conflitos lembrei de um diálogo nosso onde eu dizia: “- Odeio despedidas e ele respondia: – Então aprenda a se despedir.”
Onde estava eu que não enxerguei nada dessas pistas? Que não enxerguei que não adiantava entregar a alma, porque ele não estava pronto?
Estraguei tudo!
Porém, indo mais adiante, eu vejo que não. Ninguém estragou nada.
Ele ansiava por mim como eu por ele e sim! No início fomos entregues um ao outro com a mesma vontade e desejo. Não.
Eu não estraguei nada.
Eu permiti tudo.
Permiti que tudo desse certo o tempo que deu. Que ríssemos de nossas próprias fraquezas, que fôssemos o que quiséssemos dentro do universo dos dois.
Ele cuidou muito de mim, eu pedi isso ( e lá aparece a carência de mim mesma); depois eu cuidei dele, quando ele deixou. E acabou. Meu coração quer acreditar que pra ele também está sendo difícil. ..
Se hoje eu tivesse que responder a pergunta: “- E o que você quer de mim ?” Eu diria: ” – Quero que você fique um dia de cada vez e que se resolver ir seja porque não quer e não por medo de querer.”