17 de Junho de 2017
Tirou a pilha do relógio. Fez o tempo parar mesmo sabendo que ele continuava passando, mas naquele momento ele parou e fez valer a frase “para mundo que eu quero descer”.
Desceu.
Revisitou caminhos.
Viu os atalhos que pegou, as ciladas em que caiu, as gargalhadas sem motivo.
Reviu cada fase e como foi feliz.
Foi feliz e sabia.
Sabia que aqueles momentos seriam únicos, mesmo sem querer.
Sabia que eles não se repetiriam. Que viriam melhores, piores, mas nunca iguais.
Aproveitou cada momento e sempre olhou pra frente.
Quanta sabedoria!
Seguiu caminhando do presente para o passado, depois na ordem inversa, seguindo o fluxo natural da vida.
Viu algumas armadilhas repetidas, que não a pegaram mais.
Viu as recaídas, as loucuras e sorriu.
Viveu todas as fases até o momento em que parou o relógio.
Foi feliz e repito, sabia.
Sem saudosismo barato, sem vontade de viver tudo de novo, de reler as velhas cartas ou rever antigas fotos de momentos vários.
A seleção mais incrível está na mente e no coração, aconchegada ao calor da alma.
É a junção de tudo de bom que viveu.
As cicatrizes que carrega, dos momentos pesados, olha com orgulho, pois é mais forte, mais feliz.
Não tem motivo de parar o tempo.
Se souber ser amigo ele funciona a favor. É necessário apenas ter consciência que só existe o hoje para ser feliz.
Unknown
Hoje, só tem hoje!