21 de Agosto de 2016
Em todos os momentos parece que ele está sem pilha de tão sereno e calmo.
Odeio discutir sozinha e o fato de que nada vai abala-lo, mesmo que as veias do meu pescoço pulem enquanto eu grito, me irrita ainda mais.
Não adianta provoca-lo, nem usar roupas curtas e fazer outros caras olharem, nem ficar andando só de calcinha pela casa, porque quando ele não quer algo ou está vestido de auto controle nada o abala.
Nada.
Nem eu e as minhas birras.
Nem eu e as minhas “armas bélicas” de sedução
N-A-D-A
E isso é chato, irritante, mas assim a casa fica em paz – pelo menos uma vantagem – .
O auto controle dele balanceia a minha auto destruição.
Eu fico emburrada pro canto, ele abre a geladeira, tira uma cerveja bem gelada e, enquanto eu estou lavando a louça, ele passa a garrafa nas minhas costas. Viro com vontade de gritar e reclamar da vida inteira, mas ele ri, me da um beijo e diz: ” – Amor, vem cá. Vamos esfriar a cabeça.” Como se a dele estivesse quente . Aff !!
Odeio o alto controle dele, mas o amo por ele não se arriscar no meu campo minado e não testar quais espaços poderiam explodir
